terça-feira, 25 de setembro de 2007

Segunda

Rolê no cemitério,
Matei aula e a gente foi,
enrolado no saco Carrefour
Licor de kiwi.
por de baixo do portão de ferro
Cigarro e câmera na mão

Fiquei pelado,
abracei estátuas
beijei estátuas
Hoje a noite éramos os delinqüentes
Gargalhadas ecoavam
o vento forte levava a neblina.
A neblina dos cigarros.

Não tinha espírito
e se tivesse, tudo bem
entramos educadamente
zuamos educadamente
garrafas quebradas, furtos, gritos
Tudo educadamente.

A maior assombração nos esperava,
a parede branca enorme
pulamos.
Pulamos mas restou alguém
restou a garota amedrontada
em cima do muro!

Polícia.

- desça agora, já
- não consigo!
- ela não consegue
- não quero saber, se vira, agora!

Ralando os peitinhos
desceu
Nós quatro emparedados
enquadrados
mão a cima da cabeça.

Sermão,
éramos delinqüentes
bebês se divertindo
E agora borrando as fraudas!
Enfim, cagamos limpos,
ou melhor,
saímos limpos de cagada.